quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sorriso

Quando mais uma noite vier,
uma insónia se instalar
e uma flor murchar... eu estarei aqui...
talvez azeda, um pouco mais amarga do que ontem...
estarei deitada do meu lado.
Vendo o sol nascer
sem dormir,
sem comer.
Por muitos planetas que corra,
muitos quadros que pinte,
muitas flores que cheire...
nada se compara...
ao cheiro do nascer de um dia de Verão
a entrar no meu quarto...
a tomar posse do meu corpo
a domar as minhas palavras...
e a dançar com todos os meus sentidos.
Rebolo sobre mim...
deslizo sobre os lençois de algodão,
com cheiro a fresco sabão,
levanto-me e, de pés nus, aprecio o chão frio...
abro a janela...
e retribuo o sorriso do Sol.

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