sábado, 18 de dezembro de 2010

Hoje... ou depois talvez...

Também hoje (e em todas as ausências de mim mesma) é em ti que penso. És tu que habitas as minhas canções e naufragas num ou noutro lugar. Quando as minhas mãos procuram as tuas... encontram mil luas e outras quantas estrelas quentes.
  Mais do que um todo buscam uma realidade, um momento ou uma concretização. Um episódio, que se somado a tantos outros constituem uma vida, uma novela, uma história.
 Eu que normalmente sou constituída 99 por cento por abstracção... busco em ti a materialidade que abomino, a realidade do teu corpo.
 Hoje ou depois talvez... ignorarei a alma e quero, somente, a parte bestial da Humanidade. O teu rosto, pouco nítido, não importa... o teu nome muito menos. Não me interessa sequer como és. Anseio pela presença clara do que és.  Enterrei obsessões, cremei dúvidas, encerrei medos. Não quero saber!
  Hoje... só eu, de mim e para mim... por ti.

Sem comentários:

Enviar um comentário