quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Certezas

  A propósito de certezas edificaram-se leis e ciências... criaram-se juras eternas, no entanto não infinitas.
  Como certeza... nem a mim me tenho. Quem é esta que acorda repentinamente  meio da noite porque sonhou com um amontoado de palavras que procuram, sem descanso, uma folha? Quem é esta que se entristece quando é suposto ficar contente? Ou que se contenta... por, ao fim do dia, no Inverno, ver o mar, as gaivotas... o sol que foge e os pescadores que chegam à praia?   
 De certo só tenho a senhora que me espera, de negro vestida... nada mais é tão previsível... tão concreto. Deixei de a temer... quando isso aconteceu venci uns quantos outros temores, vazios. Quando sobre mim ela avançar... será demasiado tarde para ganhar outras certezas e demasiado cedo... para perder as poucas que erradamente tomei como certas.
Até a senhora chegar... tentarei ter a certeza da minha certa (?) existência...




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